Esta Irmandade de louvor ao Divino Espírito Santo como todas as outras existentes entre nós e não só de raízes açorianas organizou na noite de sábado, dia 2 de Fevereiro, um jantar bem tradicional, a Matança de Porco, com vasto menu de derivados daquele animal onde sobressaiam as bifanas, fígado, torresmos, bifes de cebolada, feijoada com pedaços de carne, morcelas e chouriços tudo isto com inhames, batata doce, favas cozidas e a feijoada, uma culinária bem tradicional preparada à moda da Região Autónoma dos Açores onde a grande maioria dos presentes são oriundos que, com os ingredientes aplicados por quem sabe, dão um sabor totalmente diferente a este menu que é habitual degustarmos em todas as outras regiões de Portugal.
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Há quem diga, e jure, que "Matança de Porco é só nos Açores". Embora seja um exagero esta frase o certo é que nos lembramos na nossa juventude, no Continente, de irmos a umas quantas vezes às Matanças de Porco, na Beira Baixa, na zona da Serra da Estrela, e se não temos o gosto avariado no presente momento, os sabores da preparação pelos açorianos são, não dizemos totalmente, mas diferente.
A festa que estamos a referir foi nas instalações do Sport Club Angrense de Toronto e o salão nobre estava completamente lotado com mais de 225 pessoas.
O jantar foi tipo bufete com duas mesas cheias de travessas destes deliciosos pitéus que encantava o mais sisudo palato e onde cada um se servia e repetia as vezes que queria tal era abundância de comida pois ainda sobrou.
Depois foi a dança com boa musica "distribuída" pelo Zip-Zip DJ, que teve acção terapêutica no processo digestivo pois todo o mundo saltou para se abanar na pista de dança com tantas melodias do reportório nacional onde os interpretes, em CD, obviamente, se contavam às dezenas com o Jorge Ferreira sendo o mais solicitado. Mas houve outros nossos artistas (na musica DJ, claro) também da ribalta de braço dado com outros da "estranja".
Era rodopiar, saltar e torcer no twist, vira, merengue, tango e cha-cha-cha de ficarmos inanimados de exaustão. Nós pela ferrugem da idade mantivemo-nos sentados para apreciar esta gente cheia de folia, jovem e menos jovem, dando as voltinhas na pista de dança que deixava o imortal Fred Astaire e a Ginger Rogers, do passado, cheios de inveja.
A musica era interrompida por vezes para dar seguimento às arrematações, ou leilões, de objectos oferecidos por sócios e benfeitores desta Irmandade como de partes dos porcos abatidos e exposto no salão. Um desses, um dos grandes, foi no final sorteado pelos presentes tendo sido o feliz contemplado, um membro directivo de longa data, o sr. Manuel Martins.
Estão de parabéns os dirigentes desta Irmandade Açoriana, o seu presidente e mordoma, o José Ilídio Ferreira e a Natalie da Rosa, respectivamente, pelo êxito de mais uma festa da cultura gastronómica dos Açores, a Matança de Porco, cuja dança se manteve bem dentro da madrugada, pois já passava da uma da madrugada quando saímos e deixámos para trás muita gente abanando o "capacete" na pista de dança.
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